Hit the world road

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Não sei quem escreveu, mas identifico-me com este texto

Às vezes é o próprio Universo que depura a nossa vida. Outras temos de ser nós a fazê-lo. Como? Reciclando. No vidrão, coloque as coisas opacas e pouco transparentes, os vidros partidos, com rachas ou afiados que possam magoar-nos e já não possam ser reutilizados. Deite fora... os frascos que já tiveram coisas boas dentro, mas que doravante, possam servir para se encher de outras coisas boas na casa de outras pessoas. No papelão, deite fora as cartas que já não quer ler, as multas, os bilhetes não premiados do Euromilhões e da lotaria, as palavras que o feriram, os insultos que alguém muito infeliz possa ter proferido (porque quem insulta é sempre muito, muito infeliz), deite fora as insinuações, os desconfortos, as mentiras, livre-se de tudo sem olhar para trás. Como estamos perante a era digital, deite simbolicamente fora todos os emails dúbios e as frases que nada de bom acrescentaram à sua vida. Pegue nas postagens do Facebook que lhe desagradam e, sem olhar, tire-as da sua vida, proteja-se, mure a sua felicidade. Não precisamos de saber tudo, ver tudo, ler tudo. Há coisas que simplesmente não nos interessam. Há muitas, muitas coisas que só nos fazem sofrer e não convém esgotar a nossa capacidade de nos solidarizarmos com a dor alheia. No lixo orgânico, deite fora os amores mal resolvidos, os beijos que deu e não quis dar, os beijos que não deu e quis dar, deite fora aquela parte do seu coração que alguém fez secar. Não se esqueça, por cada dez pessoas que não gostam de si, há cem que gostam; quando é ao contrário é que é de preocupar. Livre-se das lágrimas, das que chorou inutilmente e, de todo o lixo deitado fora, guarde só as partes boas. Guarde-as, não as menospreze. Todas as dores têm partes positivas que pode reutilizar no futuro. Por último, chame os serviços para lhe levarem os chamados "monstros", aqueles que nenhum caixote pode suportar e não podem ser colocados na Natureza pura porque a sujam e a contaminam. E agora, respire fundo. Além de todos os tesouros que já tinha antes e que guardou com carinho, a sua vida está, provavelmente, muito melhor, cheia de emoções novas, espaço para outras coisas, pessoas, sentimentos, outros beijos, emails, amizades.
Viver é isto e nada mais do que ISTO