Hit the world road

terça-feira, 8 de julho de 2008

Pois é....

Para aqueles amigos que ainda não sabem, ou para aqueles que já sabem mas precisam de ter provas por escrito, é verdade que vou deixar o turismo e iniciar outra etapa profissional na minha vida. Razões? Muitas, mas a principal é o sufoco que se tornou viver num país tão pequenino e tão apertado de cabeça, em termos de oportunidades.

Dada a minha idade já sensata, não creio ainda vir a ter muitos mais desafios como este e embora comece com uma experiência de um ano, poderão ser novas portas que se abrem, novos mundos que se conhecem, novos amigos que se fazem. O importante é ir, ouvir, falar, conhecer. Como dizia o meu pai, só depois de se ir é que se sabe que se voltará. O ficar parado vira reumático, depressão, ideias curtas.

Já conheço a Arqui 300 há algum tempo. Perdoem-me se parece polimento para sapato (vulgo graxa), mas o que conheço dos futuros colegas e patrões agrada-me. Empresa pequena, low-profile e muito trabalho numa área que nem domino: nem imaginava que existia a esta escala em Portugal com tantos trunfos dados em terra alheia. Principalmente na zona para onde irei viajar a partir de Setembro e que de português só tem uma passagem por altura do Vasco da Gama e uma presença de cerca de 100 anos, que ainda hoje é referência de quem lá vive.

Irei consolidar a presença comercial na zona do Médio-Oriente e de certa forma, definir se justifica abrir escritório sobre aquele sol escaldante.

Um dos comentários mais primatas que me fizeram desde esta noticia, e vou tomá-lo como um elogio para não me irritar, foi o facto de ter cuidado para não ser trocada por camelos.... essa é uma das razões pela qual estou um bocadinho farta deste torrão de terra. Quem não tem garra, tem de ir ao ortopedista ou ler um pouco mais. Eu explico, a dor de cotovelo deve ir até ao cérebro e a falta de cultura faz encolher a linha de raciocinio de alguns. Seja o que fôr, se eu respondesse na altura, haveria logo aquele frasezinha feita muito singela e lusitana: "Estava só a brincar ..." que representa muito bem toda a essência lusa.

A primeira crónica já vai longa. Perdoem-me por este baptismo de blogue que ainda agora começou , mas da vossa parte, preciso mesmo de algum diálogo porque a distância ainda serão alguns quilómetros e muitas horas de vôo.