Hit the world road

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Faz um ano por esta altura...que desgraça!

OK estive fora, embora estivesse dentro. Quer dizer, já voltei de vez à santa terrinha (because crise) e embora a inspiração para a desgraça fosse tremenda, e a vontade de continuar este blogge ENOOOORME, não sabia como havia de dar a volta ao texto.

Já deixei de estar no Médio-Oriente, embora não tenha deixado de ser loura e vou mesmo continuar a escrever por aqui enquanto não sair nenhuma lei mundial a taxar esta liberdade de respirar letras para o papel. Talvez mude um bocadinho o estilo, visto que em Portugal, as situações são sempre mais à flor da pele, mas pelo ritmo dos meus neurónios pode até ser engraçado fazer um relato mordaz de uma loura de volta a este horrivel país parado e à beira-mar plantado.

O espirito de "Agosto em Lisboa" está no ar. A Baixa está cheia de turistas escaldados e o metro fervilha de emigrantes suados e de mapa na mão. Os alfacinhas que sobram (um tanto murchos pelo calor que se faz sentir) tentam dar o seu melhor na aparência, mas decididamente ficaram os mais feios e mais tristes. Nisso não há volta a dar.

Saí ontem com o Antunes e fomos jantar a um restaurante no Bairro Alto que prima pela excelente comida há anos, associada a um serviço de mesa impecável.

Logo à entrada, gostei de ter sido mimada com "Por onde é que tem andado?" por um dos donos que fez o efeito de lambidela no ego de como continuo a ser uma alfacinha de gema. Os restaurantes na sua generalidade, e sobretudo os portugueses que QUEREM vingar em qualquer ramo profissional, têm de perceber que ou têm uma memória digna de porteiro de discoteca e se lembram exactamente das pessoas que voltarão SEMPRE para continuar a fazer negócio, ou então o melhor é pagarem a alguém para o fazer por eles e IMPECÁVELMENTE, porque senão não há empresa que se aguente à crise.

Há qualquer coisa nessa área a ser feita e depressinha senão o país afunda-se e valha-me Deus que também se afunda aquela gente de talento nas suas respectivas áreas e que ainda não emigrou de vez!

Tudo isto para lembrar que Portugal não é o unico país que está em crise, nem os portugueses o povo que está a sofrer mais (acabei de confirmar que esta deve ser a parte árabe da nossa personalidade lusitana e que é tão negada e escondida).

Por favor! Há turistas que gostam da nossa hospitalidade, da nossa comida e da nossa santa terrinha e ainda bem que vêem para crer, passam cá uns dias e voltam para casa um bocadinho mais felizes! E se Portugal tiver que ser um país TOTALMENTE turistico, que seja!!! E que haja trabalho para todos!

Por isso, e como diz Raul Solnado (que não morreu, foi só tratar de um assunto ao Céu e talvez demore um bocadinho): "Façam favor de ser felizes" que a vida são dois dias...