Hit the world road

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

O adiamento é a forma mais mortal da negação

A nossa visão da vida torna-se muito estreita quando queremos que as coisas sejam de certa forma e não as aceitamos como elas de facto, são. Este tipo de negação funciona como um narcótico, e por consequência perdemos partes vitais da nossa experiência. É o medo da dor que provoca e sustenta esta separação de partes de nós próprios. E para evitar a dor, fechamo-nos a aspectos cruciais da nossa tomada de consciência. No entanto, apesar do bloqueio que criamos, esta separação interna consome-nos.

Por vezes, como individuos ou como membros de um grupo, sacrificamos a verdade para assegurarmos a nossa identidade, ou para preservar o sentido da pertença. Tudo o que ameaça o nosso sentido de segurança gera medo e ansiedade, por isso negamos, separamo-nos dos nossos sentimentos. O resultado final é um padrão desumanizador. Ficamos separados da nossa própria vida e sentimo-nos muito distantes dos outros.

Á medida que perdemos o contacto com a nossa vida interior, ficamos dependentes dos ventos fugidios das mudanças exteriores, perdemos o sentido de quem somos, daquilo que nos é querido e que valorizamos. O medo da dor a que tentamos escapar torna-se, de facto, no nosso companheiro constante.


Na arte de ser feliz, não há lugar para a negação pois o adiamento não existe. Com base na experiência e sem medo de nos sentirmos sós, mesmo quando amamos alguém, temos de saber interpretar e construir as nossas vidas com plena consciência da dor e do prazer.

Cultivar um coração aberto, inteiro e consciente trabalha a motivação, semeia boa vontade e bondade e move-nos em tdoas as direcções.

Esta é a verdadeira essência da vida.