Hit the world road

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

11 de Setembro

Já passaram 7 anos desde Nova Iorque com panico, fumo e horror e já passaram 7 dias em Lisboa com alegria, céu aberto e barriguinha cheia de coisas boas: paparoca portuguesa em jantar com amigos do coração (obrigada Luis pelo jantar e Guida pelas gargalhadas), cantiguinhas sussuradas no escuro do cinema (obrigada Constança por insistires em ir ver o Mamma Mia! É mesmo do NOSSO TEMPO!) conversas cumplices no tmn a caminho de casa no regresso do emprego, enquanto o mundo gira igual a uma roda de automóvel de carros que entompem a 2ªcircular com caras a bufar lá dentro. Não percebi se era calor ou já stress tipo "acabaram-se as férias". Muito se queixa esta gente que tem carro, que tem emprego e que tem casa para onde ir dormir com comida quente à espera no prato! Quando chegar o Inverno, vão se queixar que está muito frio. Não há cu que aguente este mal de viver....

Só me apetece cantar o "Chunginha da Belita", grande sucesso pimba quase desconhecido do grande publico, mas que associo sempre a momentos de diversão do Verão que está a acabar para Portugal, mas que para mim vai eternizar-se pelo Inverno adentro.

Estava aqui a pensar para os meus botões made in china, que já passei um ano na Suécia com 6 meses de noite cerrada e Inverno rigorosissimo e 4 meses de sol da meia-noite, com mais 2 meses de auroras boreais, a ouvir muito ABBA. Já cantava Dancing Queen desde os 16 anos, mas a canção da altura muito ousada era Gimme, Gimme a man after midnight e a outra canção Voulez-vous qu tinha interpretação quase tão lasciva quanto Je t'aime moi non plus da Jane Birkin ou Voulez-vous coucher avec moi....a lingua francesa sempre se prestou a cenas de sexo de boca. Quero eu dizer com isto que falava-se muito de "ménage à trois", "garçonnières" enquanto Grace Jones recriava em estilo dengoso "La vie en rose" da Edith Piaf.

30 anos depois, aqui estou eu a meio da noite a falar de boa musica para boa cama e a imaginar o que vai ser dormir durante um longo Verão sem grandes responsabilidades familiares (desculpa lá qualquer coisinha Miguel, mas SEI o quanto confias em mim, mesmo nos piores momentos de loucura momentânea), livre de algumas tarefas domésticas que fazem as grandes amigas ficarem verdinhas de inveja e pronta para dar o melhor.

Não se preocupem com o bronze. Lá, daquele lado, o sol não queima como aqui e o céu está sempre encoberto. Take a chance on me.