Hit the world road

sexta-feira, 22 de agosto de 2008

VIDA REAL

Esta crónica vais er um bocadinho confusa porque aqui são 3h da manhã e estou muito cansada, mas sei que tenho já muita coisa para contar que me aconteceu.
Para não dar cabo da minha luta contra o fuso horário que faz alguma confusão, seguem tópicos sobre o que já vi:

Loja Zara num centro comercial com mulheres todas tapadinhas com malas de marca Prada, Vuitton e Channel a provar roupa sempre tapadinhas;

Paragens de autocarro com ar condicionado e indicações para não comer ou beber;

Zonas dentro dos escritórios especificas para homens e mulheres poderem rezar separados;

Não vi nem cães nem gatos (deve ser do calor);

Calor tão forte que te constipas dentro de casa com o gelo do ar condicionado;

Um rio que atravessa o Dubai com barcos de madeira tradicionais, num meio de um souk e onde bebes um excelente chá marroquino enquanto indianos fazem picnic no chão e o minarete chama à oração;

Factura em português é factura em árabe.

Tenho muito sono vou dormir.

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

GOOD MORNING DUBAI!!!!!!

Isto de chegar a meio da noite ao Dubai, cheia de sono (levantei-me às 5h da manhã e só cheguei aqui às 23h40 locais, o que totaliza cerca de 12h de vôos com esperas em aeroportos e aviões atrasados), fez com que quando pus os pézinhos em terra nova, quase que nem senti o calor insuportável. Sobretudo, porque o avião estava cheio de gente e com o ar gelado e a primeira impressão foi agradável. Mas assim que me apercebi, veio AQUELA bafurada tipo cobertor quentinho de Inverno e aí, siiiiiiim, UAU QUE CALORAÇA!!!! mas não me dei por vencida, porque gosto de quentinho, embora este seja misturado com muita humidade e parece que se corta à faca.
Fiquei em transe enquanto percorria o caminho de autocarro entre o avião e o aeroporto: diálogos em várias linguas, mulheres cobertas de véus e caras ocidentais com cabelos louros, ruivos, grisalhos e castanhos representando tudo o que há de cosmopolita nesta parte do planeta.
Enquanto esperava pela mala, foi mais interessante: homens de branco como manda o costume, mulheres de mãos pintadas com henné, muitos homens carregadores de malas com tez indiana, paquistanesa ou do Bangladesh. Um mar de gente a mexer-se de um lado para o outro. Curioso mundo cheio de homens. As mulheres, por estarem cobertas, parecem sombras discretas, impalpáveis (em todos os sentidos), como se não estivessem ali. Em contraste com as estrangeiras, com braços e pernas ao léu, calções curtos e saias, carne e ombros roliços.... que tentação!
Percorremos a cidade até ao hotel no meio de estradas com 5 faixas e prédios em construção. Parecia uma Expo em ponto gigante, um pais a crescer a cada segundo. Desmanchei a mala num ápice e mergulhei numa caminha aconchegante.
Acordei às 8h locais (5h da manhã em Lisboa), fresca que nem uma alface. Abri as cortinas do 6ºandar e aí vi com novos olhos até onde a vista alcança. A parte baixa da cidade está coberta de um nevoeiro feito de humidade e talvez poluição que dá um ar de suspense à cidade. Como estou na minha bolha-quarto, ainda nem sei qual a temperatura exterior, mas deve ser alta.
Vou trabalhar um pouco e tomar o pequeno-almoço

domingo, 17 de agosto de 2008

LEAVING ON A JET PLANE

Pois é. De repente, já estou quase de partida. A semana passou tão depressa que hoje vou começar a preparar a mala. Levanto vôo 3ªfeira dia 19 em direcção ao Dubai. Cada vez que tive um episódio destes na minha vida, só me lembro da cançãozinha do John Denver que foi repescada para o filme Armagedon "cause I'm leaving on a jet plane, don't know when I'll be back again" e fico com arrepios na espinha e frio na barriga.


ADOOOOOORO VIAJAR. Adoro levantar vôo ver o país pequenino cá em baixo, fazer um adeusinho curto e recostar-me para trás a pensar já em novas aventuras... Confesso que, por inumeras razões, estou entusiasmadissima e aliviada por partir. Pensei que nunca mais chegava o primeiro vôo.


Na sexta-feira, andei quase duas horas à procura de uma imagem que reflectisse o meu estado de alma, e que pudesse pôr no desktop do meu portátil. Acabei por optar por uma foto do mundo à noite a dormir, com as luzes a brilhar indicando presença humana. Era a imagem contrária à que estamos habituados a focar. O nosso mundo visto do céu e de noite parece sereno. Sentimento estranho.... esse de sereno.


Ontem, com o eclipse parcial da lua, que me dirão não é nada de especial, fiquei a imaginar povos antigos a olhar antes de mim para o mesmo céu, num outro eclipse lunar e com outros receios outros fascinios. Que sentiriam os Maias, os Mongóis, os Maoris? E isto só pensando em tribos começadas pela letra M!!!


Indo começar a contagem decrescente para a missão espacial "Blondie in Middle East", agradeço desde já todo o apoio incondicional dos meus amigos e familia, ao longo da preparação psicológica necessária e espero em breve voltar a entrar em contacto galacticamente. Vou preparar-me para a viagem ao futuro. Bjs para todos e em nome da Terra, fiquem bem e em paz.